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1)
melhoria do ambiente construído: Na construção do ambiente urbano ocorre uma especial conjunção de fatores complicadores (grande escala, implicações políticas, complicações sociais, poluições etc.). Mais do que bem projetar (o que já é difícil), é preciso criar ou recriar lugares que se tornem cada vez mais significativos e agradáveis para as pessoas que vão vivenciá-los. Há uma cada vez maior necessidade de trocar conhecimentos a respeito das múltiplas e complexas questões inerentes aos ambientes de uso público. Por um lado, as autoridades locais não têm sabido a quem recorrer; por outro lado, as empresas têm muitas dúvidas conceituais, e até os profissionais também têm muitas dúvidas quanto a: materiais, processos, design, publicidade, políticas urbanas, engenharias, arquitetura e urbanismo, etc.
2)
uma metodologia de design urbano premiada:
Uma das principais razões para o atual sucesso do design urbano na produção de melhorias para espaços de uso público, é o seu papel "integrador". Trata-se de conjugar de forma estratégica as diferentes áreas envolvidas com pesquisa, planejamento, projetos e obras, interligando os anseios das comunidades com as reais possibilidades de se promover o seu desenvolvimento. Não se trata de um "tipo" de planejamento urbano mais "humilde", e sim de uma especialização projetual baseada na tradicional formação dos arquitetos, interligando a criatividade artística com as possibilidades tecnológicas. Ocorrem ações pulverizadas, eventualmente vistas como intervenções apenas pontuais, justamente porque o design urbano faz parte do sistema de planejamento urbano. Ou seja: mesmo as pequenas intervenções, pontuais ou não, devem fazer parte de grandes estratégias integradas.
3)
12 princípios orientadores (identificados nos melhores projetos de design urbano):
(1) É a comunidade que determina os pontos fortes dos seus lugares;
(2) Deve-se perceber além do observável (inclusive no passado e no futuro);
(3) Deve-se pré-definir um conceito sintético (imagens+conceito) para orientar projeto e obra;
(4) O projeto deve apresentar harmonia para se inserir na evolução do lugar;
(5) Deve-se criar um lugar, em vez de um design para o lugar;
(6) Trata-se de uma questão de difícil síntese, longo prazo e muitos parceiros;
(7) O projeto deve considerar que um lugar nunca fica pronto e orientar sua contínua construção;
(8) A construção do lugar é gradual, combinada com um constante re-aprendizado pela comunidade;
(9) Nem tudo depende de dinheiro, obstáculos impossíveis devem ser contornados;
(10) Deve-se programar triangulações das atividades (relações entre as funções previstas);
(11) Deve-se conter a obsessão do processo de projetar e preencher todos os espaços;
(12) Em desenho urbano a forma não segue a função, a forma dá suporte à função (que pode ser imaginária).
4)
Metodologia básica de design urbano:
1) Pesquisa e diagnóstico iniciais, conjugados com a definição dos objetivos comuns que sejam viáveis.
2) Análise geral, de diversos aspectos chave de planejamento tais como: atributos físico-ambientais e imaginários, potencialidades e constrangimentos, áreas prioritárias, perspectivas de ação.
3) Definição de estratégias e parâmetros para o desenvolvimento dos projetos e diretrizes.
4) Estabelecimento do projeto guia, e das diretrizes dos projetos complementares.
5) Desenvolvimento coordenado de projetos e obras.